terça-feira, 16 de abril de 2002

olá...
algumas coisas e pessoas estão voltando pra minha vida... isso é estranho! ruim e bom ao mesmo tempo... uma grande dualidade. a possibilidade de me defrontar com sentimentos que guardei e provar pra mim mesma que não mais irei perder o rumo, o norte [será que terei que comprar uma bússola nova???] a linha e o carretel da minha vida.
não sei muito bem o que estas revoluções externas podem transformar internamente a minha vida. hoje tenho muito medo de mudanças e absoluto pavor de pensar em fazer planos pro futuro. [:D logo eu que adoro fazer planos, planejar o futuro.]
um dia eu pedi que a minha vida se transformasse, que se tornasse mais animada que houvessem acontecimentos avassaladores. pedido feito, pedido aceito... entrei num grande turbilhão de emoções e sentimentos contraditórios... perdi o chão e achei a louca emoção... mas agora, tenho medo de reencontrar este caminho dominador, estas sensações tão fortes que eu não tenho o menor controle ou comínio.
tenho medo... voltei lentamente pro meu cais, pro meu porto seguro, meu lugar de origem... aos poucos, como pra me readapatar a ser protegida e amada, voltei pro aconchego tranquilo, voltei pra calmaria. quero me acostumar com a calmaria, mas o mar revolto me seduz. meu espírito inconstante, mutável, volátil me faz querer e desejar o novo, o improvável, o difícil, o impossível!
ao mesmo tempo, estou alheia aos fatos, aos acontecimentos ao meu redor. me escondo atrás do sorriso maroto e do jeito de menina. não me envolvo mais... não tomo partidos, faço a minha parte, mas não invento novos personagens a compor a estudar a decorar. tenho medo de me envolver e de me magoar. agora observo, aprendi a ficar calada. calar é um grande aprendizado pra uma pessoa falastrona como eu. se me magoar muito ou se sair doída de uma situação qualquer... choro, choro sentida, mas não discuto mais, não me altero por qualquer coisa... a não ser que me prejudique diretamente e muito [afinal não estou morta, só fria, distante]. mas não gosto de ser assim, só estou assim... eu sei que não sou assim... achando tudo pouco importante, pouco estimulante.
quando estou assim sei que alguma coisa absurda vai acontecer, mas apesar de ter ciganos na família [uma bisavó... bem longe] não consigo adivinhar o futuro. só peço uma coisa... "que eu não deseje tanto"

nunca falei tanto de mim neste blog... acho que começamos uma nova fase...

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